terça-feira, 25 de maio de 2010

15. IMORALIDADES CONTRA SI MESMO: ONANISMO, PEDERASTIA, MUTILAÇÃO E SUICÍDIO

EXAMINE O MATERIAL DISPONÍVEL EM:

http://www.youtube.com/watch?v=vpJmhVX2I88

http://www.youtube.com/watch?v=mwPJ_ZIZ9zk

http://www.youtube.com/watch?v=3EPiQbifyeg

21 comentários:

  1. Caros Alunos,
    Em sua opinião, temos obrigações morais para conosco mesmos? Robson Cruzoé, solitário na sua ilha antes de aparecer outro ser humano para fazer-lhe companhia, tinha obrigações morais? Por que?
    Elabore uma breve resposta e envie para postagem no blog.

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  2. A sociedade está diferente, cada vez mais. O que é normal para mim, para o outro pode ser uma espécie de limitação. O que eu considero fora do comum, como o outro "cuida" do próprio corpo, ou ainda como ele "enxerga" o próprio corpo; pode ser uma forma de expressão (para o outro). O importante é cada um respeitar o espaço do outro. A questão da moralidade, depende de valores culturais, sociais, étnicos... Eu posso perceber pessoas que têm a mesma formação moral que eu, e muitas outras que não têm essa mesma formação. O ser humano é complexo e muito mais é a sociedade. É por isso que viver em sociedade dá tanto trabalho. Robson Cruzoé, o solitário, não teve muitos problemas; nem com questões morais, mas pagou um preço muito alto por isso.

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  3. Cara Ieda,
    As matérias dispostas no blog têm, supostamente, melhor proveito quando são trabalhadas por aqueles que iniciam pela postagem 1.
    Seu comentário atual é fortemente marcado por uma visão relativista da moral. Como se aquilo que é certo ou errado (bem e mal) dependesse, exclusivamente, de aspectos pessoais e subjetivos. Vc. verá que o debate ético acontece a partir do pressuposto de que as conclusões têm validade universal. O que é certo para um, deve ser certo para todos; desde que as circunstâncias da ação sejam idênticas.

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  4. Caro Prof. Peluso,
    Vejo como necessário, a fim de que possamos de fato discutir-mos essa problemática, a necessidade de eliminarmos quaisquer sintomas metafísicos, ou seja, o ser humano é muito ligado a um Deus. De certa forma, o onipotente influencia o emprego da moral, a qual, como expresso em comentário anterior, tende a ser relativista. Evidentemente no meio de grandes privações e muitas peripécias em suas adaptações às possibilidades de sobrevivência, após 25 anos de solidão houve a necessidade do emprego de alguma moral em sua conduta, pressupondo valores e normas de conduta necessárias à sua singular sobrevivência na ilha.

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  6. Na minha opinião enquanto solitário Robsom Cruzoé não tem obrigação moral alguma, vale tudo pela sua sobrevivência, ele é a própria lei de si mesmo e delimita ou não sua vontades.

    Luciano

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  7. Este comentário foi removido pelo autor.

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  8. 15. IMORALIDADES CONTRA SI MESMO: ONANISMO, PEDERASTIA, MUTILAÇÃO E SUICÍDIO:
    Essa postagem talvez não seja bem vista por todos, mas como estamos no campo das opiniões me parece que ela deverá ser respeitada.
    O material que o professor disponibilizou para nossos estudos mostra algumas práticas que, em meu entendimento, são todas aceitáveis.Em outras palavras, nao me parece que tais práticas tenham um reflexo tão assombroso na sociedade em geral.
    Se pararmos para pensar criticamente em qual é o real problema de alguém alterar seu corpo para se parecer com um felino iremos perceber que não há problemas, pois se a alteração do corpo atenta com a "humanidade" do indivíduo também teremos que admitir que aquele que perde um membro num acidente grave também se torna menos humano.
    É possível que alguns tentem rebater essa opinião com a justificativa de que a alteração do corpo é uma ato deliberado e o acidente é um ato incontrolável, porém proponho para reflexão que o que sustenta minha argumentação é justamente a deliberação do ato, se o outro delibera e julga por bem alterar seu corpo qual o problema que há nisso? Afinal o corpo não é dele? Ou é o seu?
    Cuidado leitores, quantos de nós não tem tatuagens, piercings ou mesmo brincos em nossos corpos? Por que o seu brinco, mulher elegante, é mais importante do que o alargador de orelhas de um adolescente?
    Luiz Fernando.

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  9. Em certo aspecto concordo com a postagem do colega Luiz, se analisarmos que todas essas mudanças que as pessoas fazem em seus corpos são um reflexo cultural, elas devem ser aceitas.
    Ora, como aceitar ao mesmo tempo que um índio tatue seu corpo e coloque alargador labial sob a justificativa de conservação cultural e condenar um jovem que use as mesmas coisas sob a justificativa de constituição de sua personalidade? Se um está correto ou outro também deve estar!

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  10. Nós temos obrigações morais desde que inseridos em uma sociedade, e também dentro dos limites daquilo que é bom para nós, não devemos passar por cima da nossa felicidade e bem-estar em nome de regras morais que não tem sentido para nós. Mas muitas pessoas seguem essas regras por medo das punições da sociedade, como muito bem explicita em seu livro, Peter Singer, porém será que é ético, digno seguir preceitos morais somente por medo da punição e não por vontade? No caso de Robson Cruzoé qualquer moralidade que ele tiver para com ele mesmo emanará da sua vontade própria e não do medo de punições sociais.

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  11. Acredito que temos sim deveres morais para conosco mesmos. Não compactuo da ideia que é uma imoralidade contra si mesmo fazer este tipo de arte, ao contrário, é uma expressão da liberdade de se fazer o que quiser com o próprio corpo. Assim como Robson Cruzoé, que estava sozinho na ilha e não tinha obrigações morais para com ninguém além dele mesmo, essas pessoas também não consideram que possuem alguma obrigação moral para consigo mesmas ou para com a sociedade que as impeça de fazer algo que querem com o próprio corpo. Adotam o preceito moral de poderem se expressar da maneira que querem, e fazerem uso do próprio corpo.

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  12. Mesmo que a moral seja independente da vontade humana e superior a expressões culturais e sociais, parece-me que a constituição de juízos se dá a partir da interação entre as pessoas. Acredito que a ética do comportamento de um indivíduo isolado, embora possa ser objeto de análise, não é relevante, visto que as consequências e resultados dos atos praticados recairão sobre o próprio autor.

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  13. Pessoas que praticam estes atos, tem obrigações morais com elas, porém a sua moral é bem diferente do que a sociedade impõe. O problema é quando alguma destas atitudes, como a mutilação, pode influenciar o comportamento de outras pessoas. Neste caso, a sua moral tem que ser revista pensando que no que as suas atitudes podem influenciar uma sociedade.

    Luana

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  14. Penso que, ao determinarmos a nossa conduta estamos agindo da maneira que os nossos atos consequentemente nos tragam prazer e felicidade, como sugere a ética utilitarista.
    As ações praticadas são muito mais uma escolha do que uma obrigação.
    O que já não acontece em alguns casos onde existe a identificação de distúrbios.

    Algumas tribos indígenas brasileiras utilizam alargadores, tatuagens e pinturas. Assim como a tribo neozelandesa Maori que tatua o rosto ou ainda a tribo tailandesa Pandaung, das mulheres girafas, que utilizam argolas de metal para aumentar o comprimento do pescoço em uma simples competição de beleza. Entendemos que faz parte da tradição dessas sociedades, e então não nos causa tanto espanto.
    O que nós estranhamos é o fato de pessoas que antes agiam sob a conduta estabelecida pela maioria, passarem a se comportar de maneira diferente.
    Não vejo mal algum em cada um fazer o que quiser com o próprio corpo.
    O mesmo raciocínio serve para responder a pergunta sobre Robson Cruzoé. Uma vez sozinho na ilha, o que importa é sobreviver da melhor forma possível.

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  15. "Temos obrigações morais para conosco mesmos?".
    Algumas correntes de pensamento tomam esta pergunta como um "non sense", uma vez que não foi ainda concedida resposta satisfatória (política ou filosófica) nem mesmo à pergunta sobre termos ou não obrigações morais para com diferentes pessoas e espécies. Os textos indicados para a leitura nesta disciplina afirmam que a ética e moral não são valores absolutos, auto-referenciais, e inerentes ao ser humano; antes, são valores constituídos histórica, social e culturalmente. Partindo de um questionamento utilitarista, os sujeitos que vivem em situações de extremos limites entre a vida e morte, como a personagem Crosué, devem justificar moralmente todos os seus atos individuais perante o interesse socialmente partilhado e juridicamente estabelecido? A proposta de penalização e de premiação dos atos, defendidas pelo professor Peluso, atenta para a importância dos atos individuais na equivalência do bem estar social.
    Atos como os retratados nos vídeos acima, são comumente categorizados como distúrbios da ordem, seja ela cultural ou biológica. Um indivíduo isolado responde a quais obrigações morais, se não as que adquiriu no convívio social? Vendo-se livre delas em situações de extremo risco pela própria sobrevivência, como a de Crosué, responde ainda por alguma? Esse desprendimento é um direito moral seu?

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  16. Concordo com Singer que alega que ao mesmo tempo em que o princípio moral proporciona uma base adequada para a igualdade humana, essa base não pode ficar restrita aos seres humanos. Essa idéia sugere que tendo aceitado o princípio de igualdade como uma sólida base moral para as relações com outros seres de nossa espécie, também somos obrigados a aceitá-la como uma sólida base moral para as relações com os animais não-humanos. Sendo assim, esse princípio da igualdade deve se estender além da nossa espécie, uma vez que o fato de algumas pessoas não serem membros de nossa raça não nos dá o direito de explorá-las, do mesmo modo que as pessoas por serem menos inteligentes que outras, não deve significar que seus interesses devem ficar em um plano inferior. Pensando assim, outros seres por não pertencerem a nossa espécie não nos dá o direito de explorá-los, nem significa que, por serem os outros animais menos inteligentes do que nós, devamos deixar de levar em conta os seus interesses.

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  17. Concordo com a Lucia, acho que todos nós temos obrigações morais, vivendo em uma sociedade devo minimamente contribuir para sua melhor organização e ou limites de vivência, mutilar o próprio corpo parece algo que não atinge os outros, no entanto, somos todos exemplos para todos e principalmente para as próximas gerações, acredito que assim como devemos preservar o meio ambiente para a existência dessa futura geração, também devemos preservar a espécie e sua sanidade, e isso também passa pelo que fazemos com nosso corpo e ou mente.
    Por outro lado, vejo nessas atitudes tão radicais, um momento de contestação, um viva as diferenças e um basta ao padrão de beleza cultural imposto pela sociedades tradicionais e formais. Todo ser humano quer de alguma forma deixar uma marca, se não no mundo ao menos em si mesmo. Vejo essas atitudes como um grande grito de vejam-me aqui perdido na multidão de “caras” iguais, um grito contra a solidão vivida por Robson Crusoé, que isolado não parecia mais solitário do que alguns de nós em um mundo tão povoado. Mas mesmo ele, acho que tinha uma responsabilidade moral com sua história e sociedade passada. Esse como todos os outros temas propõe uma discussão infindável, pois existe muito ângulos para serem analisados.
    Jucilene

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  18. Sim, acredito que temos obrigações morais para conosco mesmos; e creio que é essa obrigação que conduz nossas ações com maior ou menor ética. E se esse pensamento guiou a personagem Crusoé, visto que sozinho na ilha sua maior luta, além da sobrevivência, era não perder sua identidade social, como julgar se tinha essa obrigação ou não? A quem faria mal ou bem se era o único humano na ilha? Parece-me que são escolhas e, como dito em algumas postagens, escolhas guiadas por um contexto social no qual a pessoa se insere ou inseriu. Posso concluir então que as pessoas que deformam o próprio corpo apenas estão lutando contra este contexto ou mostrando aos demais um outro jeito de viver. Deformar o próprio corpo por vontade própria, não acho que seja uma agressão à moral. Não causa mal e nem o limita a convivência ética na sociedade. Pode ser questionado se esta forma de expressão, pela ética utilitarista, lhe causou em que proporção maior prazer ou dor, mas é um saldo que a meu ver só pode ser usado para fins de auto-avaliação; à sociedade, concordo com o Luis, em sua postagem: porque um brinco de uma mulher, ou as tatuagens e plásticas em geral são mais aceitáveis?

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  19. Esta questão parece simples, nos convida às respostas gravadas em nossa mente durante nossa formação pela religião, tradição cultural e nossa família, isto embora fácil nos leva a cometermos erros de julgamento , os preconceitos morais.
    Para analisar esta questão é preciso identificar o que busca o sujeito e qual o limite de seus atos, mutilações podem fazer parte de um quadro cultural estranho a quem julga, mas normal ao indivíduo.
    Aqui seria adequada a aplicação da ética utilitarista, se o prazer obtido pelo indivíduo é o bastante para justificar suas atitudes e não gerarem sofrimento a outros será válida.

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  20. Todos somos seres que temos obrigações morais conosco mesmos e com os demais indivíduos da sociedade da qual fazemos parte.
    Mudanças que ocorram em nosso corpo, intencionais ou ocasionais não podem ser compreendidas como uma forma de colocarmo-nos fora da sociedade ou então como uma forma de provocação.
    Na medida que temos interesse em modificar nossos corpos estamos tentando nos posicionar em um novo grupo social ou, então, desligar-se de um grupo do qual fazia parte. Também podemos utilizar nosso corpo como expressão de arte, como uma forma de levar arte a todos os lugares em que estivermos.
    Mas voltando ao Robinson Crusoé, apesar de sozinho na ilha, ele tinha sim obrigações morais e não podia simplesmente fazer o que bem entende-se - não é para os outros que devemos ser morais, mas sim por nossas relações, para a parte delas que depende de nós.

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  21. Não entendo a prática da pederastia como um ato imoral, tampouco o da masturbação e do coito interrompido. Neste último caso, supostamente, aquele que busca evitar a gravidez, pratica um ato moral por ser capaz de antecipar as consequências do ato caso não o fizesse, e, refere-se ao arbítrio da ação humana.
    Abordar a (i) moralidade de um ponto de vista de Kant implica em ter a referência de como o homem considera-se a si mesmo e como o dever moral se apresenta, se uma escolha necessária ou um dever, simplesmente. Logo, a ação humana pressupõe um sujeito racional no seu modo de agir a ponto de que sua decisão, em agir ou não, de acordo com a lei moral, seja justificada racionalmente. Assim, as ações que Robison Crusoé realizará, enquanto sozinho, numa ilha deserta, buscam a sua sobrevivência, e justifica-se pela condição em que ele se encontra. A presença de outro ser humano na ilha, do nativo que o ajudou, “poderia ter-lhe mostrado” os limites da sua relação com o mundo, e o sentido da moralidade das suas ações. No entanto, ele não se relacionava com Sexta Feira e, por isso, indiferente ao julgamento das suas ações pelo outro, ignorava as conseqüências dos seus atos. Não seria esta, também, uma atitude racional, dada às implicações para a sobrevivência de Robson Crusoé? Ou, inicialmente irracional, porque ainda não foram estabelecidos os costumes e regras de conduta entre eles, a que criaria uma atitude ética com outro ser humano?

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