terça-feira, 25 de maio de 2010

14. CASTRAÇÃO DE HUMANOS

SERÁ QUE SERES HUMANOS COM SEVERAS DEFICIÊNCIAS MENTAIS NÃO DEVERIAM SER SUBMETIDOS À CASTRAÇÃO? Isso haveria de possibilitar a eles uma vida sexual ativa.

SERÁ QUE PEDÓFILOS, ESTUPRADORES E SERES HUMANOS CRIMINOSOS CONTUMAZES CONTRA OS COSTUMES NÃO DEVERIAM SER SUBMETIDOS A TRATAMENTO QUÍMICO QUE LIMITASSE OU EXTINGUISSE OS SEUS DESEJOS SEXUAIS? Isso reduziria os crimes violentos contra os costumes.

VEJA: http://www.youtube.com/watch?v=Fol5klwmWyk

21 comentários:

  1. Caros Alunos,
    Elabore um breve comentário expressando as razões que vc. entende serem cabíveis nas respostas a essas questões.

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  2. Realmente é um assunto muito delicado, temos que tomar cuidado para que certas falas não pareçam apoligia à pedofilia e nem aquele tipo de condenação que a lei brasileira entende como inadequada.
    Em primeiro lugar é preciso considerar que a pedofilia, de acordo com o vídeo, é considerada "doença mental" segundo a lei brasileira, porém a pouquísssimo tempo a homossexualidade também era.
    Em segundo lugar, parece-me importante se pensar nos atos praticados de maneira particular, por exemplo, a relação sexual com um adolescente de 16 anos pode ser analisada do mesmo modo do que com uma criança de três anos? O adolescente seria capaz de apresentar certa "inclinação" deliberada para a prática da relação?
    Em terceiro ponto, é importante salientar que a utilização de medicamentos para tratar algumas "doenças" de fato não surtem efeito, por exemplo, como considerar "curado" ou "controlado" apenas com o uso de medicação um indivíduo que alega que seu desejo por crianças é algo incontrolável?
    E ainda, é preciso se pensar na questão da sociedade local, como a população que vive perto de um desses "doentes" se sentiria/comportaria com um "pedófilo patologicamente atestado" vivendo em sua comunidade? A vida desse indivíduo estaria segura?
    Por outro lado é preciso pensar no "doente", se de fato o indivíduo é portador de uma patologia séria como essa, é notório que além da medição ele precisa de um local adequado para sua "recuperação" ou "controle".
    Por fim, me parece que o mais adequado é tratar essa situação como um crime de fato e aplicar à estes indivíduos a penalidade de proibição da vida em sociedade, em outras palavras, parece-me mais conveniente que sejam criadas carceragens apropriadas para receber esse tipo de crime ou crimes contra a sexualidade em geral.
    Luiz Fernando.

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  3. Minha visão é muito extremista, sou a favor de uma solução definitiva para o problema, mas sei que essa solução não é a castração química, em meu entender isso não resolveria de fato o problema.
    Penso que a solução está muito distante de nós, pois aceitando ou não essa solução depende de questões muito complicadas. Talvez uma pequena contribuição em direção a essa solução é um intenso trabalho de resgaste de valores em nossa sociedade.

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  4. Pensar assim talvez seja o mesmo que pensar como os nazistas que eliminavam as pessoas nascidas com deficiências, como os "incapazes" ou "inferiores". Se tratarmos todo tipo de distúrbio humano na perspectiva de eliminá-lo estamos incorrendo no mesmo erro, castrar quimicamente humanos não os impedem de continuar cometendo atos libidinosos criminosos e não faz com que os problemas sejam eliminados. Acredito que os esforços devem ser no sentido de tratar esses distúrbios e não procurar eliminar as suas consequencias, sem buscar a fundo as suas causas, que é aonde o probelma deve ser atacado.

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  5. Concordo com a colega Lúcia, de fato temos que pensar sempre em atacar as causas de um problema e não somente suas consequências. Atacar a causa também passa por inúmeras considerações, como pontuou o colega Luiz. Portanto, acho que não devemos ser ingênuos de acreditar que há uma solução mágica para isso, um remédio, uma pílula milagrosa que resolveria todos os problemas. Não tem como encarar seriamente um questão se nos desobrigrarmos de refletir a fundo sobre ela, sem a pressa de propor uma solução pouco convincente.
    Acredito que a sexualidade é palco de muitos distúrbios, pois sempre foi uma das vertentes mais atacadas por regras morais de fato castradoras. Durante muitos séculos em nossa sociedade, e ainda em muitas outras sociedades atuais, há verdadeira castração da sexualidade, e repreendimento desta como algo impróprio. Ou seja, quase nehuma sociedade encara a sexualidade como um impulso natural dos seres humanos, ao contrário, colocam todo tipo de regras que visam determinar como deve ser a vida sexual das pessoas.
    Isso faz com que eu me lembre de discussões anteriores aqui no blog que tocavam no ponto do relativismo cultural, certas violãções dos princípios éticos podem ser justificadas por se tratar de hábitos culturais? Não conheço nenhuma sociedade que aprove a pedofilia, mas muitas outras sociedades defendiam o sacrifício de crianças, e o que dizer da verdadeira castração de humanos, que ocorre todos os dias com as mulheres de alguns países africanos, que tem parte de seus órgãos genitais extirpados?
    Portanto, tratar eticamente a sexualidade e seus possíveis desvios é uma questão muito complexa, que passa por inúmeras considerações, e que não pode pretender ser resolvida com a criação de um remédio milagroso como uma promessa de "cura" para o problema.

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  6. Desde que seja com consentimento da pessoa envolvida, não vejo problema de ordem moral nesse tipo de intervenção. Quanto ao caso de se considerar como política de punição, acho que o tema alcança o debate sobre a imputação de penas que afetem a integridade física do infrator, desde a amputação de membros até a pena de morte.

    A análise como recurso preventivo requer uma reflexão mais profunda, pois estaríamos diante de uma brecha para a adoção de medidas contra crimes que não aconteceram. Não tenho convicção de que atos que, em tese, evitassem delitos futuros seriam mais éticos do que a punição a crimes cometidos.

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  7. Estas soluções me parecem muito simples para um tema tão complexo como a sexualidade. Existem vários fatores que podem levar a pedofilia e ao estupro, por exemplo fatores sociais, culturais e psicológicos. E tratá-los com remédios, talvez, pode não surgir o efeito esperado.

    Luana.

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  8. Quais as vantagens em se proclamar soluções baseadas no uso de violência? É evidente que nos revoltemos com certas implicações sociais que nos causam incômodo moral, mas, o agir, deve ser uma busca que não gere mais danos coletivos. Essa questão sobre castração de humanos não pode ser resolvida com a força do ódio alojada nos sentimemntos humanos.

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  9. Entendo que em ambas as perguntas a solução sugerida não é a melhor atitude a ser tomada.
    Na verdade, penso que nesses casos não há só uma atitude a ser tomada e sim um conjunto de ações.

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  10. Estudos voltados para o "tratamento químico" de pacientes humanos desperta, quase sempre, controvérsias que revolvem temas relacionados com a responsabilidade ética da Ciência e dos cientistas. O exemplo indicado pelo professor é um caso típico: ao mesmo tempo que o tratamento químico é capaz de reinserir um indivíduo ao convívio social, é capaz de lhe cercear o simples direito ao desejo. A ética seria aqui um proporção utilitarista: que seja para a maior proporção de beneficiados? Esta é uma proporção que circunda quais limites de ação e interesse?

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  11. Sendo a castração química uma forma de castração ocasionada por medicações que agem temporariamente no organismo humano, a adoção desta medida não seria eficaz. Essa seria uma medida anódina, pois não resolveria o problema. Aqui, concordo com a Karen que seria uma forma muito fácil de resolver um problema que tem uma complexidade bem maior do que usar um remédio milagroso para a “cura”. Agir desta forma seria fugir de um problema que tem muitas implicações éticas, por envolver o bem-estar (prazer) de outras pessoas. Afinal, ninguém é culpado por ser considerado deficiente mental, por não fazer parte dos padrões de mentalidade impostos por uma coletividade considerada mentalmente “normal” e que dita as regras de acordo com as suas conveniências, ao mesmo tempo em que se exonera das suas responsabilidades por não saber como agir “eticamente” mediante tais conflitos.

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  12. Concordo plenamente com Cristiane quando diz que nesses casos não apenas uma ação deve ser estabelecida mas sim um conjunto de ações.
    Por exemplo, a postura da própria sociedade em verificar mais a fundo os motivos reais dessas ações doentias, é necessário buscar caminhos mais legitimos e menos violentos para eliminar a própria violência. No entanto, não sei se a utilização de medicamento e ou tratamento as vezes mais radicais não estão dentro desse conjunto de coisas. Acho que essas ações não devem ser completamente descartadas, mas sim ser incorporadas a uma lista de outras ações mais profundas e de longo prazo, que sejam vistas, pensadas e incorporadas pela sociedade de forma legitima e não também marginal.

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  13. Onde cientificamente atestamos que todos os ‘humanos com severa deficiência mental’ caso tenha filhos seus filhos nascerão com a mesma deficiência? E se a questão é quem vai cuidar das crianças, e se outros se dispuserem a cuidar de seus filhos? Porque seria melhor submetê-los à castração? Discordo, totalmente. Deficiências mentais não prejudicam a sociedade e não causam mal à outros seres humanos.
    Sobre pedófilos, não vejo uma razão para ser radicalmente contra, visto que no Brasil não temos prisão perpétua e logo o pedófilo voltará ao convívio social; então, o que fazer? Me parece que sendo a vontade de relacionar-se sexualmente com crianças considerada uma doença, então, precisa ser tratada com o auxílio da medicina, de remédios, terapias, etc. Me parece interessante que haja um consentimento do doente, no entanto, como fazer caso ele se recuse? É possível dizer que o fato do indivíduo ser (ou estar) doente o faz ter mais direito que uma criança de não sofrer violência (inclusive sexual)? Como delimitar as chances do pedófilo que foi encarcerado e retorna à sociedade, voltar a cometer o mesmo crime? Como dizer por quanto tempo ele terá que tomar o remédio? Qual a implicação do uso do remédio no seu organismo com o passar dos anos? Enfim, são questões que a meu ver devem ser considerada antes de descartar ou acatar esta possibilidade.

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  14. A questão é muito delicada, exige realmente uma solução urgente. Essa medida talvez resolveria em partes alguns casos, mas não acredito que seria uma solução que daria conta de resolver um problema tão complexo como este, neste ponto concordo com os colegas.

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  15. Colegas, achei esse outro link (trata-se de uma matéria da tv aberta, o mais interessante pra gente está, mais ou menos após o 1min. de vídeo):
    http://www.youtube.com/watch?v=Tm3g8e-Aiqg&feature=related

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  16. Não concordo com os colegas que comparam ao nazismo, é um procedimento extremo que deve ser tomado quando não existem mais meios de recuperação do indivíduo por meios menos agressivos e com o consentimento do mesmo. Pense nas alternativas, um caso irrecuperável não poderá retornar ao convívio com a sociedade e acabará sendo internado em uma instituição, em isolamento, pelo resto da vida. Existe um pré conceito de que a sociedade não pode tomar medidas extremas, mas se abordarmos estes casos de forma racional e medirmos o ganho e o prejuízo para o individuo e a sociedade sempre teremos de nos confrontar com difíceis escolhas morais e será necessário recorrermos a ética para a avaliação dos fatos.

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  17. A castração química, assim como outras formas de amputação, não deve ser aceita como mecanismo de contenção de criminosos.
    As questões que envolvem crimes hediondos e contra os costumes devem ser tratadas de maneira profunda, debatidas com todos os participantes da sociedade. Não deve ser uma discussão restrita aos agentes que elaboram leis - é uma discussão que merece ser aprofundada e envolver todos os atores sociais.
    Também não temos o direito de decidir sobre os direitos dos indivíduos considerados menos capacitados - nem sempre pessoas com déficit em algum aspecto de sua vida terão filhos com o mesmo problema. E também não é possível avaliar a capacidade de outros indivíduos em educar seus filhos.

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  18. “Ambulatório do ABC realiza ''''castração química'''' de pedófilos”
    16 de outubro de 2007 |
    Disponível em: http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20071016/not_imp65397,0.php

    No endereço acima encontrei outras informações para a reflexão deste tema.
    De acordo com a reportagem a pedofilia é considerada um distúrbio psiquiátrico, sendo assim, a castração química pode se constituir em parte do tratamento para o doente, sob a orientação de um médico psiquiatra. De acordo com o psiquiatra Danilo Baltieri, ele só usa o método se solicitado pelo doente, que, será usado quando outros medicamentos não produzirem o resultado desejado.
    Pensando numa abordagem consequencialista da ética no tratamento desta questão apresento os argumentos: Se olharmos para as conseqüências das ações desses sujeitos(os doentes), vamos encontrar razões que justifiquem tal procedimento, ainda, se, calcularmos os benefícios e prejuízos para os envolvidos no crime de pedofilia, o resultado se apresenta justo? Por exemplo, vítimas de violência sexual devem ser encaminhadas a atendimento médico e psicológico e exame de corpo de delito. Deverá tomar medicamentos que a previna do risco de adquirir DST e, se do sexo feminino, deverá tomar a pílula do dia seguinte para evitar uma possível gravidez. Os medicamentos têm efeitos colaterais, as vítimas sofrem também por isso. Se a gravidez acontecer, procedimentos para a interrupção podem ser indicados ou solicitados. Mais sofrimento para a vítima e para a sociedade que assiste. Enquanto o pedófilo continua doente, carente de tratamento.

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  19. Tem um problema ético muito sério nessa questão toda. Pra que você trate dos "criminosos sexuais", primeiramente, eles precisam ser identificados como criminosos sexuais. Ou seja, você espera o crime acontecer, e, por acaso, aos que forem pegos, receberão tratamento de castração? Ok, você resolve ESSE problema. Mas, impede todos os outros criminosos? Não. Então não diria que tal tratamento constitui uma solução ao problema.

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  20. Eu não vejo nenhum problema nesse procedimento. Se já foi tentado vários tipos de tratamento para a questão, não surtiram resultado e se há a possibilidade do paciente consentir sobre a questão, por que não? Eu penso que seria até um alívio para o paciente porque se ele "sofre" de algo que não tem controle e isso causa danos para a sociedade e para si mesmo essa é uma possibilidade considerável que em termos de pesar os resultados, seria melhor decidir a favor.

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  21. o estuprador mesmo que fique preso por muitos anos vai continuar estuprando quando for solto, o pedofilo vai continuar molestando crianças quando for solto é algo que está além deles está na mente deles portando depende deles todos nos sabemos o quão é difícil controlar nossas vontades mesmo que haja uma castração química ou mesmo física não resolve o problema a não ser no meu ponto de vista a pena de morte para crimes hediondos que incorram em morte da vitima caso contrario na minha humilde opinião o elemento deve continuar preso ou num senatorio para problemas mentais o problema e que hoje em dia pessoas consideradas "normais " acabam cometendo tais crimes fica até difícil incluir isso em problemas mentais já que as pessoas tem tendência em alegar isso realmente é bem complexo. já que há casos de pessoas que chegam ao cumulo de abusar de recém nascidos.

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